San Lorenzo fecha acordo com Pizzi, mas ainda não acertou a demissão de Caruso Lombardi
Uma verdadeira trapalhada repleta de atos em que a ética simplesmente não foi levada em conta. Assim pode ser definido o processo que culminou no acerto do San Lorenzo com Juan Antonio Pizzi. A direção do clube negociou com outros treinadores enquanto Caruso Lombardi ainda trabalhava no Ciclón. E no fim, é provável que o próprio clube de Boedo seja o maior prejudicado.
Que a direção do clube procurava o treinador é algo que todos sabiam. Chegou-se a fazer contato com Edgardo Bauza, que não quis deixar a LDU. O uruguaio Jorge Fossati, sondado, deixou claro que não deixaria o Cerro Porteño, clube com o qual tem contrato até o fim do ano. Uma direção procurando novos treinadores com Caruso Lombardi trabalhando normalmente, e ouvindo negativas: sinal claro de desgoverno.
Nos últimos dias o nome mais próximo de fechar com o Ciclón era o inexpressivo espanhol Victor Fernandez, que chegou a assistir a partida contra o Arsenal como convidado da direção, em mais uma atitude de descortesia com Caruso Lombardi. Mas ao fim a direção definiu o nome de Juan Antonio Pizzi. O ex-centroavante teve uma ótima passagem pela Universidad Catolica do Chile, mas fracassou em devolver seu clube do coração, oRosario Central, à elite do futebol argentino.
Agora há uma situação insólita. Pizzi só poderá estrear após o clube fechar a recisão de Caruso Lombardi, um processo que sequer se iniciou. O San Lorenzo deve dinheiro ao polêmico treinador, incluindo a gratificação de 500 mil dólares por ter salvo a equipe do descenso na última temporada.
E é certo que Lombardi, além de magoado pelo procedimento da diretoria, está ciente de que o Ciclón não tem poder de negociação, pois precisa fechar rapidamente a rescisão para que Pizzi assuma de vez. O próprio treinador já mandou o recado ao todo poderoso Marcelo Tinelli: “Tinelli tem de entender que isso é futebol, e essa direção pecou pela inexperiência. Até agora não falei com eles sobre dinheiro, mas farei isso agora”. É hora de as trapalhadas e a falta de ética da direção cobrarem seu preço aos cofres do clube.