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Quem já passou por Boca Juniors e Corinthians

Originalmente publicado em 2 de julho de 2012, pela final da Libertadores daquele ano, e atualizado no tópico extra ao fim da nota

“Virei hincha de Corinthians. Quando eu parar, se o Corinthians enfrentar o Boca, terei de torcer por um empate”. Tévez chegou a afirmar isso durante a tradicional premiação da revista Placar, a Bola de Prata, em 2005. Se a declaração ainda mantiver-se de pé, Carlitos provavelmente é o único xeneize a ter ficado satisfeito com o resultado da partida de ida da final desta Libertadores 2012.

No clima para o último jogo da decisão, o Futebol Portenho elabora então este especial sobre quem passou por Club Atlético Boca Juniors e Sport Club Corinthians Paulista.

Ídolos em comum

Apenas dois jogadores conseguem estar entre os mais bem lembrados tanto entre os auriazuis como nos alvinegros. Um, é claro, é o próprio Tévez. O outro é Domingos Antônio da Guia, que conseguiu ser respeitado nas três principais forças sul-americanas. “O maior (jogador brasileiro) foi Domingos, completo. Campeão lá, aqui e na Argentina”, elogiou-lhe Obdulio Varela em 1972, referindo-se respectivamente aos três títulos cariocas, um uruguaio e um argentino que o pai de Ademir da Guia obteve por Flamengo, Nacional (onde recebeu o apelido de El Divino Mestre) e Boca Juniors. Já falamos mais dele neste outro especial.

Ídolo também no Vasco da Gama, foi da Colina para as margens do Riachuelo em 1935, após o defensor, já admirado desde 1933 pelos lados orientais do Rio da Prata por seu desempenho no Uruguai (“primeiro estrangeiro que mereceu as honras de um contrato na terra dos tricampeões do mundo”, nas palavras do próprio), ser visto pelos bosteros em excursão destes pelo Brasil. Eles, por sua vez, até haviam sido campeões argentinos em 1934 com dois brasileiros na zaga, Moisés e Bibi (ambos ex-Flamengo). No entanto, pelos 62 gols sofridos em 39 jogos, a dupla não estava bem vista.

Domingos maravilharia os argentinos não por algum gol, uma vez que não marcou nenhum pelo Boca, mas justamente pelos inúmeros que ajudou a evitar, como se exige de um zagueiro. O clube, com ele, foi bicampeão seguido em 1935, agora sendo vazado somente 29 vezes, algo fundamental para que fosse alcançado um aproveitamento de 85,29% dos pontos. Além da eficiência, o brasileiro encantava por saber sair jogando com classe após desarmes, por vezes driblando os atacantes adversários em vez de dar chutões – a ousada “domingada”.

Foi assim que ele, mesmo com apenas 66 aparições pelos xeneizes, cavou seu lugar entre os ídolos incontestes da instituição, nas opiniões do próprio livro oficial do centenário boquense como também de uma El Gráfico especial de 2010 destinada aos cem maiores jogadores do Boca, estando junto de Tévez em ambas. “Domingos conserta uma defesa com a sua calma, a precisão das suas entradas. Para mim, é o melhor beque sul-americano”, enalteceu-lhe seu técnico na equipe portenha, Mario Fortunato. No entanto, uma suspensão de nove meses por conta de uma briga provocada pelo Divino no campeonato de 1936 o fez regressar ao futebol brasileiro, para jogar no Flamengo.

Embora ainda tenha retornado a La Boca brevemente em 1937, após o fim da punição, o encanto havia acabado e Domingos logo voltou ao Flamengo. Só iria ao Corinthians já veterano, em 1944, aos 31 anos de idade, mas por um recorde sul-americano na época: 300 contos de réis, cem vezes mais do que um empregado do comércio arrecadava, em média, por ano. Vale lembrar que ele deixara de ir à Copa de 1934 porque a CBD achara um absurdo o valor cobrado pelo Nacional para a liberação do zagueiro, 45 contos. “Aproveite (…) a última oportunidade que a vida te oferece, garantindo uma aposentadoria tranquila”, aconselhou-lhe o presidente flamenguista, Dario de Melo Pinto.

Domingos da Guia: ironicamente, o filho Ademir seria o maior ídolo do Palmeiras

Domingos ficou em São Paulo até 1948. Com regalias de alguém já consagrado, continuou a exibir suas características domingadas. Porém, não conseguiu ser campeão paulista, apenas do Torneio Início de 1944 e da amistosa Taça da Cidade de São Paulo de 1947, algo que não o impediu de ser considerado um dos melhores zagueiros da história corintiana. Foi eleito para o time dos sonhos do Timão em eleições realizadas pela Placar em 1982 e 1994, e esteve no páreo também na última, em 2006. Quando a mesma revista escolheu os cem maiores ídolos alvinegros por conta do centenário, em 2010, deixou-o na 37ª colocação.

Carlos Alberto Tévez, de sobrenome original Martínez, debutou no futebol pelo seu Boca do coração, em 2001, ainda aos 17 anos. Em 2002, já era usado regularmente entre os titulares, mas sua explosão veio outro ano depois. Seu ídolo Juan Román Riquelme havia rumado ao Barcelona e Carlitos foi quem assumiu o lugar de regente na Ribeira. Depois de ter ficado de fora da primeira fase da Libertadores de 2003, por conta de compromissos com a seleção sub-20 da Argentina, mostrou toda a sua importância nas fases decisivas.

Após estar apenas nos últimos 16 minutos da derrota para o Paysandu na Bombonera nas oitavas-de-final, foi o arquiteto das jogadas em que saíram os gols que eliminaram os paraenses no Mangueirão. A partir daí, passou também a deixar seus tentos contra todos os oponentes restantes: um no Cobreloa nas quartas, três no América de Cali na semifinal e um na segunda partida da decisão contra o Santos, abrindo o placar e praticamente decidindo aos 20 minutos do primeiro tempo o destino da taça, uma vez que o Boca já havia vencido por 2-0 em Buenos Aires.

Suas oito partidas na competição coroaram, assim, uma bela reta final – nenhum campeão da Libertadores havia ganho os últimos sete compromissos, assim como quatro partidas seguidas como visitante. Seria o suficiente para El Apache já figurar no panteão xeneize, mas ele ainda ajudou a vencer o Apertura daquele ano, assim como esteve na vitória sobre o Milan no Japão. Se no Oriente não foi decisivo (o brasileiro Iarley foi o titular; no decorrer da partida, Tévez entrou no lugar de Guillermo Barros Schelotto), ainda assim cativou pelo esforço em fazer parte da conquista, uma vez que deixara a seleção sub-20 apenas para estar ali.

O ano de 2004 já seria de emoções dúbias na vida de Carlitos. Na Libertadores, provocou catarse contra o arquirrival River Plate em um Superclásico dos mais emocionantes, pelas semifinais. Aos 42 minutos do segundo tempo, ele fez o gol de empate em 1-1 que àquela altura classificava os visitantes no Monumental de Núñez à final, e saiu cacarejando freneticamente na comemoração, em uma referência ao pejorativo apelido de gallinas que o rival tem. Por ter tirado a camisa, foi expulso e o River ainda faria 2-1, mas seria eliminado nos pênaltis dentro de casa. De volta na segunda partida de decisão, Tévez viu seu Boca perder na Colômbia a taça para a zebra Once Caldas.

“El Jugador del Pueblo”, de fato, passou por clubes dos mais identificados com as massas populares argentina e brasileira. Com sucesso

Sensações agridoces ele também teve na seleção, perdendo dramaticamente a Copa América para o Brasil, mas sendo o protagonista do primeiro ouro olímpico da Argentina, semanas depois. No Boca, porém, já não vivia um ambiente tão bom. E ainda atraiu a mídia de celebridades ao namorar uma famosa modelo local, escandalizando por ter, para ficar com ela, deixado a grávida noiva. Às turras com os colegas (que criticavam uma suposta falta de seriedade sua) e os paparazzi, resolveu deixar a Argentina. Mas soube despedir-se bem, fazendo um dos gols dos 2-0 sobre o Bolívar na final da Sul-Americana, no que foi seu último jogo pelo Boca.

Sua transferência para o Corinthians, que chegou a ser dada como irreal, foi costurada por 20 milhões de dólares (a maior para o futebol brasileiro) pela famigerada MSI e tornou-se um sucesso. Ainda que não tenha demonstrado instantaneamente seu melhor repertório no clube, o argentino logo virou mania na massa fiel. Adoração que só aumentou com a arrancada do time no segundo semestre, com Tévez esbanjando ótima forma e protagonizando com habilidade, garra e vinte gols o tetracampeonato brasileiro do Timão, com destaque especial ao 7-1 no clássico em que marcou três vezes.

Com justiça reconhecida pelos próprios adversários, El Jugador del Pueblo foi eleito o melhor jogador da competição por diferentes veículos, incluindo aquela referida Bola de Prata, com ele recebendo também a de Ouro. Seu desempenho no Brasil o manteve na seleção argentina, conseguindo lugar na Copa de 2006. Porém, antes mesmo de experimentar a Europa no mundial, sua relação com a Fiel já não era a mesma.

O ambiente paulista azedou para ele pelo pavor oriundo pelo vandalismo no Pacaembu na eliminação para o River Plate na Libertadores, em noite em que a filha de Tévez encontrava-se no estádio. E para a torcida, já após o mundial da Alemanha, por sentir-se ultrajada quando o ídolo, tomando as dores de companheiros vaiados em um empate com o Fortaleza, celebrou um gol nos cearenses pedindo silêncio às arquibancadas alvinegras. Carlitos estava sem harmonia também com o técnico Emerson Leão, que não disfarçava uma infelizmente comum aversão a argentinos.

Com isso, já em agosto a MSI lhe repassou para a Europa. O capítulo dele no Corinthians encerrou-se com ele e o colega, amigo e compatriota Javier Mascherano repentinamente tornando-se jogadores do West Ham United. Nada que impedisse Tévez de ser votado ainda naquele ano como o quarto melhor atacante a ter passado pelo SCCP, na referida eleição de 2006 da Placar, que posteriormente o colocou em 23º dentre os ídolos corintianos por ocasião do centenário alvinegro.

Grandes em um, nem tanto no outro

Um dos colegas de Tévez no Boca Juniors, como mencionado acima, foi Pedro Iarley Lima Dantas. Foi justamente com um gol do natural de Quixeramobim que o Paysandu alcançara aquela surpreendente vitória na Bombonera, atraindo a atenção de Carlos Bianchi para a contratação do meia bicolor, efetivada após a conquista da Libertadores de 2003. Como também já dito, Iarley chegou até a ocupar a vaga do próprio Carlitos no time titular que decidiu a Intercontinental de 2003 frente ao Milan.

Iarley celebrado por Battaglia e Cagna após marcar aquele belo gol em um 2 a 0 no River, no Monumental; e como reforço do malogrado centenário do Corinthians

O reforço logo recebeu a camisa 10. Após um início irregular, como relatamos aqui, já havia virado El Hermano de Pelé para a torcida boquense, sendo uma das figuras do título do Apertura 2003. Ficou lembrado especialmente por um golaço em um vitorioso Superclásico no Monumental e por ter marcado também no jogo que garantiu o título nacional, em confronto contra outro grande, o San Lorenzo. Outro grande vazado por ele na campanha foi o Racing.

No Japão, o brasileiro não fez por menos. Foi aproveitando rebote de Dida em chute do cearense que Matías Donnet deu números finais ao jogo (decidido nos pênaltis), empatando o escore aberto apenas quatro minutos antes por Jon Dahl Tomasson. O rendimento caiu em 2004, e ele não jogou mais após a primeira partida da decisão da Libertadores frente o Once Caldas. Sentindo-se mal remunerado, acertou sua ida ao futebol mexicano, mas continuou a ter o carinho da gente xeneize, o que lhe fez ocupar um lugar com Tévez e Domingos naquela El Gráfico sobre os 100 maiores ídolos do Boca – embora, curiosamente, só descobrisse a honraria ao ser entrevistado três anos depois pelo Futebol Portenho.

Ele já tinha 30 anos quando deixou o futebol argentino mas, amparado por um histórico de sucesso também no Internacional e de boa passagem ainda pelo Goiás, foi contratado pelo Corinthians ao final de 2009 para ser um dos principais nomes do projeto “Libertadores no centenário”. Contudo, embora não tenha ido de todo mal, não conseguiu empolgar a Fiel, naufragando junto com a eliminação no torneio e no campeonato brasileiro que se perdeu para o Fluminense na reta final.

Outro brasileiro de fato ídolo apenas em um dos finalistas da Libertadores de 2012 foi Dino Sani. Este, por sua vez, no Corinthians. Não que tivesse ido mal no Boca: marcou 8 gols em 25 exibições pelo quadro bostero, ótimos números para um volante. O que lhe faltou na Argentina foi justamente um título e/ou mais tempo, já que ficou apenas no ano de 1961. Mas seu desempenho e o título na Copa do Mundo de 1958 no currículo atraíram o Milan. Depois de consagrar-se na equipe italiana (integrou o elenco que deu o primeiro título da Liga dos Campeões milanista, em 1963), chegou já com 33 anos ao Timão, em 1965.

Mesmo identificado com o São Paulo (onde passara seis anos na década anterior) e tendo iniciado a carreira no Palmeiras, Dino, tal como Domingos, foi um veterano sem títulos mas que caiu bem no Parque São Jorge. Formou uma bela dupla no meio-de-campo com o jovem Rivellino, ficando lembrado por combinar classe, inteligência e vigor, atrativos que o fizeram ser eleito um dos melhores de sua posição ali em eleição de 1994 e em 75º dentre aqueles cem ídolos estabelecidos pela Placar.

No próprio clube, começou sua carreira de técnico, tão logo parou de jogar. Já se vivia o jejum de títulos oficiais, que ele esteve perto de resolver. No Robertão de 1969, o título foi perdido na última rodada, em uma derrota para o Cruzeiro. Para piorar, a taça foi para o Palmeiras. Ainda assim, Dino chegou a ser sondado pela seleção brasileira após a demissão de João Saldanha às vésperas da Copa do Mundo de 1970, mas, não se sentindo preparado, negou o convite, que acabaria aceito por Zagallo.

Dino Sani (com um Rivellino sem bigode) e Fleitas Solich

Sani até levantou taças treinando o Corinthians, mas ambas em competições amistosas: o Torneio del Sol, derrotando o Barcelona na final, e um sobre o River Plate em Nova York. Saiu em 1970 e teve uma rápida volta em 1975, retirando-se após ter 50% de aproveitamento em doze jogos. Foi técnico também no Boca, e não se deu bem. Entrou e saiu em 1984, o pior ano que o clube já teve, em meio a conflitos do plantel com a diretoria de uma instituição que beirou mesmo a extinção: eliminação na primeira fase do Torneio Nacional; a pior derrota da história do Boca, nos 9-1 para o Barcelona no Troféu Joan Gamper; e um 16º lugar entre 19 competidores do Torneio Metropolitano, onde Carmelo Faraone o substituiu ainda no início.

Outro que pode ser encaixado nesta categoria é o paraguaio Manuel Agustín Fleitas Solich. No Corinthians, passou apenas como técnico, cargo que exerceu em diversos clubes brasileiros. Após levar seu país ao primeiro título sul-americano guarani, em 1953, sobre o Brasil, atraiu o Flamengo, tendo conseguido naquela década o segundo tricampeonato estadual seguido dos rubronegros. Se radicaria no próprio Rio de Janeiro, onde faleceu em 1984.

Treinou os alvinegros entre 1962 e 1963, sendo um dos inúmeros treinadores dos doloridos anos de fila. Como Dino Sani, El Brujo até dirigiu um SCCP campeão, mas igualmente em um torneio amistoso, a Taça São Paulo em 1962 – competição com times de todas as divisões paulistas e obtida em uma final contra um elenco misto do Santos. Já no Paulistão propriamente dito, ficou-se no vice, onze pontos atrás do mesmo Santos. Saiu após ser derrotado pelos praianos no Rio-São Paulo do ano seguinte.

Fora considerado, como jogador, um dos quatro marechais que o futebol paraguaio teve na primeira metade do século XX, juntamente com Gerardo Rivas, Arsenio Erico (máximo goleador do Independiente e do campeonato argentino) e de outro ídolo boquense, Delfín Benítez Cáceres. Fleitas Solich, de fato, era um líder, chegando a participar de alguns Sul-Americanos pela Albirroja nos anos 20 simultaneamente como jogador e técnico. Por jogar na Argentina não esteve por sua seleção na Copa de 1930, mas a treinou na de 1950.

Chegara ao Boca em 1927, vindo do Nacional de Assunção. Fez parte do elenco da Ribeira que, após cabeçadas seguidas nos campeonatos daquele ano e em 1928 e 1929, em que o Boca ficou no trivice, enfim foi campeão em 1930, sendo um dos pilares do título. Como bastião do meio-de-campo xeneize no final da década de 30, foi oficialmente reconhecido entre os cem grandes ídolos do centenário, em 2005.

Fleitas Solich também integrou o elenco campeão de 1931, no primeiro torneio oficialmente profissional, mas uma lesão ainda na campanha de 1930 freou seu desempenho, que já não foi mais o mesmo. Depois de três jogos em 1931, jogou outros três ali pelo Racing, onde não se deu bem. Parou de jogar dois anos depois, no pequeno Platense.

Os nem tão celebrados em La Boca e no Parque São Jorge

Outro paraguaio a passar pelas duas equipes foi o goleiro Aldo Antonio Bobadilla Ávalos. Embora tenha integrado o Boca campeão na Libertadores de 2007, atuou uma única vez na caminhada do hexa, no segundo tempo do jogo de ida nas semifinais, contra o Cúcuta. Com ele em campo, os colombianos ganharam por 3-1, após empate em 1-1 na etapa inicial, onde quem agarrava para os argentinos era Mauricio Caranta – que se contundira, mas estaria de volta aos titulares já nos jogos seguintes.

O goleiro Bobadilla foi mesmo cinzento nos dois. Almir Pernambuquinho foi melhor como carrasco

Bobadilla chegara do Libertad após a Copa do Mundo de 2006 e fora o titular no segundo semestre daquele ano, em que o Boca perdeu um inédito e quase garantido tricampeonato nacional seguido para o clube. Um ponto nas duas últimas rodadas do Apertura daria o título aos auriazuis, que perderam ambos os jogos, foram igualados pelo Estudiantes e, no tirateima, foram derrotados de virada pelos alvirrubros (que não eram campeões desde 1983), em uma das maiores – se não a maior – reviravoltas que a liga argentina já viu.

Caranta passaria a ser o goleiro titular pelas boas performances nos amistosos do início de 2007. Já no Corinthians, Bobadilla veio em 2010, também após uma Copa do Mundo, a da África do Sul. O dono da posição era o hoje flamenguista Felipe. O paaraguaio seguiu sem oportunidades mesmo após a saída deste: quem ocuparia os arcos corintianos seria o prata-da-casa Júlio César (atualmente na reserva de Cássio). Sem um jogo oficial sequer, o paraguaio rumou em 2011 para o Junior, da colombiana Barranquilla.

Seus “antecessores” fazem desta a categoria mais numerosa. Deles, o primeiro foi Almir Morais Albuquerque. O “Pernambuquinho” chegou ao Corinthians em 1960, não indo bem. Os 6,5 milhões de cruzeiros pela sua contratação junto ao Vasco da Gama, um recorde para a época, não foram bem digeridos pelo restante do plantel alvinegro – era dinheiro suficiente para erguer um edifício e para aqueles tempos menos inflacionados do futebol isso era um escândalo. Com colegas enciumados e supostamente boicotado por eles, marcou apenas cinco vezes em 29 partidas.

Mesmo com a Placar resolvendo incluí-lo entre os cem mais do Timão em 2010 (justamente na centésima colocação), a própria publicação reconheceu que o polêmico atacante rendeu menos do que podia no Parque São Jorge – seu melhor desempenho em terras paulistas viria no Santos, substituindo à altura um lesionado Pelé, com quem era comparado, na conquista da Intercontinental de 1963, frente o Milan (o gol da vitória por 1-0 no terceiro jogo veio em um pênalti cavado por ele a quinze minutos do fim, que ali provocou também a expulsão de Cesare Maldini). Antes de aportar na Baixada, porém, já havia passado por outros três clubes. O primeiro, exatamente o Boca Juniors.

Outro brasileiro, Paulo Valentim, ex-Botafogo, estava desde 1960 lá e vinha fazendo sucesso (ainda é quem mais marcou pelo time em Superclásicos pelo campeonato argentino). Além disso, jogadores do Brasil estavam bastante valorizados por conta da conquista mundial de 1958, inspirando tanto River como Boca a adquirirem alguns no começo da década de 60, em busca do fútbol espetáculo. Na Ribeira, além do recifense, vieram também em 1961 o lateral-direito Maurinho, ex-São Paulo e Fluminense e mundialista em 1954, e três campeões mundiais na Suécia – o referido Dino Sani, o técnico Vicente Feola e o volante Orlando, o único que vingaria junto com Valentim.

No Boca, Almir padeceu do mesmo que Sani: pouco tempo. A maioria de suas vinte partidas e bons onze gols foram em amistosos; apenas contra o Independiente marcou em seus seis jogos válidos pelo campeonato argentino. Vestindo as cores suecas, chegou a vazar São Paulo, River Plate e, em uma certa vingança, fez dois em um 5-0 no Corinthians, na primeira das quatro visitas do ex-time à Bombonera.

O “Pelé Branco” até chegou a integrar o campeão argentino de 1962, mas atuou apenas na 5ª rodada e, quando a taça foi conquistada, já estava no Genoa, após passagem-relâmpago pela Fiorentina. Curiosamente, seu irmão Ayres Morais, lateral-direito, também jogaria no Boca (viera junto com Almir, mas estava nas categorias inferiores enquanto este defendia os profissionais), normalmente na reserva dos bicampeões nacionais de 1964 e 1965 e do vice na Libertadores de 1963.

Pelo visual: Lima é mais lembrado no Boca por ser negro e Veira só fez sucesso no Corinthians fora do campo. Depois foi o último técnico de Maradona – já havia sido o primeiro de Caniggia

Ainda nos anos 60, outro a vestir as duas camisas foi o ponta-esquerda Eduardo Teixeira Lima, conhecido no futebol pelo último sobrenome. Começou a carreira em 1962, no Corinthians, que a partir de 1965 o emprestou a diversos clubes. Quando foi repassado ao Boca Juniors em 1968, já havia atuado pelos colombianos Junior e Millonarios. Lima durou pouco mais de um mês como xeneize, atuando seis vezes de março a abril em partidas do Metropolitano.

Os títulos que ele não teve no SCCP, obteria no Cruzeiro: integrou o tricampeão mineiro de 1972 a 1974. No Argentina, onde também não foi campeão, o máximo que conseguiu foi ser escalado para o elenco titular do hipotético time de jogadores boquenses negros, em uma seção de curiosidades da enciclopédia do centenário bostero: Walter Ormeño (peruano); Luis Perea (colombiano), Domingos da Guia, Julio Meléndez (peruano) e Jorginho Paulista; Orlando Medina, General Viana (uruguaios) e Carlos Gómez Sánchez (peruano); Maurinho, Paulo Valentim e ele.

O jejum corintiano, a ter afetado Lima e outros lembrados aqui, também atingiu Héctor Rodolfo Veira. Ele deixou o Timão no mesmo ano do fim da seca, em 1977, mas meses antes. Despontara na Argentina como um dos ícones do San Lorenzo dos anos 60, sendo artilheiro do campeonato argentino com apenas 18 anos. Mesmo jovem, porém, era considerado um talentoso antiatleta: jogava bem até não demorar a perder o fôlego que o comportamento boêmio extracampo e não-raras ausências em treinamentos lhe custavam, algo que também abreviou sua passagem na seleção argentina. Mesmo após má campanha pelo Banfield em 1975 (último lugar na fase de grupos do nacional), atraiu o Palmeiras.

Prestes a confirmar com o alviverde, porém, acabou assinando por 100 mil dólares com um Corinthians a ter atravessado a negociação. A diabrura de Vicente Matheus, todavia, renderia um péssimo negócio, com Veira (“Vieira”, para o folclórico presidente corintiano) disputando poucos jogos ao longo de um ano, período em que esteve no Parque São Jorge. O Paulistão seria vencido pelo próprio Palmeiras – que, curiosamente, entraria também em fila. Mesmo no vice do Brasileirão, o argentino já não tinha espaço; não participou dos jogos decisivos, como a da invasão corintiana, em que teria enfrentado o amigo Doval.

Já no Boca Juniors, El Bambino passou como técnico. Nesta função, havia se consagrado no arquirrival River Plate (sob ele que os millonarios tiveram, em 1986, sua primeira Libertadores e única Intercontinental, além do nacional); e no seu antigo San Lorenzo, comandando a dramática conquista do Apertura 1995, que livrou os azulgranas de um jejum de 21 anos, quase o mesmo que o Corinthians vivia e que ele não conseguira tirar. Acabaria eleito oficialmente o maior ídolo do centenário sanlorencista, em 2008, mesmo tendo certa vez se clarado torcedor do arquirrival Huracán, onde também chegara a jogar. Curiosidades que detalhamos nesse Especial dedicado a Veira.

Veira chegou ao Boca em 1997, para o lugar de Carlos Bilardo. O time não conseguia títulos mesmo contando desde 1995 com Maradona, Caniggia (a quem Veira havia profissionalizado, nos tempos de River) e um jovem Riquelme, que estará em campo nesta final; os dois últimos inclusive chegaram a ser sondados pelo SCCP em diferentes épocas. O ex-meia-esquerda esteve muito perto de alcançar o feito de ser o único treinador campeão nacional nos três grandes clubes de Buenos Aires – vale lembrar que Racing e Independiente são da vizinha Avellaneda.

Mariano Torres e Santiago Silva

Os xeneizes, mesmo desfalcados de um Maradona que resolveu encerrar a carreira no meio do campeonato, estiveram no páreo até o final, tendo sofrido apenas uma derrota, para o Lanús. Inclusive, só seis outras campanhas somaram mais pontos na história dos torneios curtos. E uma delas calhou de ser naquele torneio histórico: empates bobos fizeram os auriazuis terminarem um ponto atrás do rival River Plate, a despeito da vitória boquense no Monumental no Superclásico. Veira continuou no comando dos bosteros até o semestre seguinte, quando eles já não foram tão bem, incluindo uma derrota em casa por 4-1 para o decadente Ferro Carril Oeste. Ele logo saiu, aceitando oferta da seleção boliviana.

Por fim, há ainda o meia Mariano Néstor Torres, personagem dos mais obscuros dos dois finalistas da Libertadores de 2012. O Boca o lançou em 2007 e ainda detém seu passe, mas o utilizou em campo apenas duas vezes em todo esse tempo – ambas em amistosos, sendo o segundo deles apenas em 2009, em meio aos seus empréstimos a outras equipes. No final do mesmo 2009, assim esteve no Corinthians, vindo como condição do Huracán, onde estava emprestado na época, para a chegada da promessa quemera Matías Defederico. Torres também não realizou jogos oficiais pelo Timão, que ainda em 2009 o repassou para o Náutico e, no início do ano seguinte, para o Santo André. Mesmo no elenco do Ramalhão vice-campeão paulista em 2010, foi reserva. No mesmo ano, regressou ao Huracán.

A incógnita atual

Ela é Santiago Martín Silva Olivera. Não por seu desempenho no Corinthians, onde o uruguaio foi, decididamente, um fracasso dos mais retumbantes. Chegara para repor a saída de Luizão (que fora para o Grêmio), mas não venceu a disputa com Deivid para a dupla com Gil. Com apenas cinco jogos e nenhum gol no primeiro semestre de 2002, o uruguaio não foi nada o matador que prometia e acabou sendo um sumido em meio aos títulos do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil, não ficando para o resto do ano.

A indefinição quanto a El Tanque se deve a onde ele está dez anos depois. No Boca Juniors, ainda é tido como irregular, tendo a pecha de artilheiro de equipes pequenas; assim o foi no Gimnasia, no primeiro e ainda único título argentino do Banfield e no Vélez Sarsfield, clube onde na temporada 2010-11 foi vice no Apertura, campeão do Clausura e semifinalista da Libertadores. O desempenho como velezano chegou inclusive a inspirar alguns a pedirem sua convocação para a seleção… argentina.

Embora tenha quem veja que ele vem servindo bem como pivô para que outros marquem gols para o Boca, a maioria há de torcer o nariz por um atacante que fez apenas cinco tentos em suas 21 partidas até o jogo de hoje. Nunca ter defendido seu Uruguai natal também depõe contra ele. Por hora, Santiago Silva ainda está mais próximo da categoria logo acima. Mas ele ainda pode, por outro lado, passar a estar entre aqueles ídolos de apenas um dos lados da partida a ser realizada nesta quarta-feira. Especialmente se nela voltar a ser tão decisivo quanto foi contra outros brasileiros, os do Fluminense, nas oitavas-de-final – quando, praticamente no último lance, marcou pelo terceiro jogo seguido e decretou uma dramática eliminação carioca.

Silva, depois daquela noite no Engenhão, fez um dos gols que eliminaram a sensação Universidad de Chile nas semifinais. Se na decisão conseguir uma vingança contra o ex-clube e dar de vez a volta por cima para o público brasileiro, naturalmente pode fazer companhia a Iarley e Fleitas Solich, personalidades boquenses sem apelo corintiano – vale lembrar que ele teria marcado na partida de ida se Chicão não impedisse com a mão, no lance que terminou justiçado com o gol de Roncaglia. Aguardemos.

Atualizações após a matéria

Santiago Silva teve seus bons momentos no Boca, mas sem empolgar de modo duradouro a torcida: além de não aplicar a lei do ex na decisão continental de 2012, registrou apenas 20 golzinhos (o mais importante, na final da Copa Argentina 2012, um mês após o vice na Libertadores) em 61 jogos, já considerando-se aí os amistosos. No segundo semestre de 2013, seguiu ao Lanús. No tradicional rival do Banfield, foi pé-quente imediato, faturando a Sul-Americana daquele ano, sobre a Ponte Preta.

Burrito Martínez e o uruguaio Lodeiro: sem deixar saudades à Fiel

Após a Libertadores 2012, o Corinthians reforçou-se com dois estrangeiros para o Mundial. Paolo Guerrero, cogitado nos anos recentes no próprio Boca, dispensa comentários. O argentino Juan Manuel Martínez vinha grande rendimento no forte Vélez de 2009-12, em ataque que formava com o próprio Santiago Silva. E, como ele, também não decolou no Timão, embora até se tornasse o primeiro (e ainda único) hermano aproveitado pela Albiceleste como corintiano. Foi em setembro daquele ano, mais pelas lembranças ainda frescas como velezano do que por seu rendimento no Brasil.

Justamente por se ver perdendo lugar na seleção argentina é que Martínez, já reserva na altura do Mundial de Clubes, forçou no início de 2013 uma saída ao Boca embora fosse assumido torcedor do River, onde jogara seu pai (Carlos Martínez), dois tios (César Laraignée e Joaquín Martínez) e um tio-avô (outro Joaquín Martínez, que também defendera Vélez e Boca). Chegou com expectativa e até participou do título argentino já do ano de 2015, mas nem a retomada da parceria com Silva floresceu algo; El Burrito jogou 85 vezes e em apenas delas foi saindo do banco, mas em somente 29 partidas atuou os 90 minutos – uma delas, na revanche xeneize contra o Corinthians em La Bombonera na Libertadores 2013. Nunca mais foi o mesmo, só deixando 14 gols, sem justificar as muitas chances concedidas em dois anos.

O nome seguinte foi o do uruguaio Nicolás Lodeiro, contratado pelo Corinthians junto ao Botafogo, um mês antes da Copa do Mundo de 2014. Estreou em agosto e mal foi visto, com somente onze jogos até ser revendido ao Boca em fevereiro de 2015. Se não virou ídolo histórico na Argentina, Lodeiro ao menos foi um bom xodó à nova torcida; seus 11 gols em 55 jogos foram números bons para um volante, titular na dobradinha de títulos caseiros de 2015 (campeonato e copa argentina).

Inclusive, alguns gols de Lodeiro foram importantes – como o único em Superclásico no Monumental em setembro de 2015, carimbando a recente faixa de campeão da América do arquirrival, e o primeiro na final da Copa Argentina, contra o Rosario Central. No segundo semestre de 2016, porém, Lodeiro preferiu o pé-de-meia na MLS.

O ano de 2015, além de ver Martínez e Lodeiro como colegas no Boca, também viu o clube repatriar o ídolo Tévez, em reação exatamente à reconquista continental do River. Ainda em forma para o nível europeu, Carlitos exibiu alto nível no regresso para um veterano; 14 gols e 34 jogos depois, foi “passar férias” (nas suas próprias palavras) no emergente mercado chinês e voltou após dois anos. A terceira passagem do ídolo pelo Boca já teve percalços, incapaz de impedir o vice-campeonato para o grande rival na Libertadores 2018. Chegou mesmo a ser visto como parasita, mas despediu-se em alta, com o gol do título da Superliga de 2019-20 (disputada em corrida contra o Millo) servindo de pequeno desafogo.

Enquanto Tévez explodia em 2003 no Boca, o nome mais recente dessa lista era profissionalizado: Mauro Boselli fez sua primeira partida no time adulto no Clausura 2003, exatamente no catastrófico 7-2 sofrido para o Rosario Central em 6 de julho, duelo em que até o treinador xeneize era dos juvenis (foi Oscar Regenhardt e não Carlos Bianchi) para que titulares e principais reservas curtissem a ressaca da Libertadores (erguida quatro dias antes). Concorrendo com o ídolo Martín Palermo e o xodó Rodrigo Palacio, Boselli foi no máximo um reserva útil em cinco anos de contrato: foram 76 jogos, mas apenas 3279 minutos – a equivalerem a 36 partidas inteiras, engrandecendo os 19 gols que deixou.

Mas foi preciso a Boselli rumar ao Estudiantes em 2008 para triunfar e ter inclusive oportunidades na seleção. Veio já veterano ao Corinthians, em 2019. Ganhou o estadual e teve números bons para alguém de 33 anos na primeira temporada (11 em 48 jogos), mas o declínio fez-se notar na segunda (6 em 24) e o contrato não foi renovado.

Como bônus, vale destacar que o Corinthians poderá ver um rosto familiar no embate de 2022: o meia paraguaio Oscar Romero foi contratado neste ano pelo Boca. É o irmão gêmeo do esforçado atacante Ángel Romero, xodó alvinegro entre 2014-19.

Boselli foi o último a jogar nos dois

Caio Brandão

Advogado desde 2012, rugbier (Oré Acemira!) e colaborador do Futebol Portenho desde 2011, admirador do futebol argentino desde 2010, natural de Belém desde 1989 e torcedor do Paysandu desde antes de nascer

14 thoughts on “Quem já passou por Boca Juniors e Corinthians

  • Navarro Montoya

    O Boca jogará no Pacaembu tranquilo, primeiro pq enfrenta a cada semana no campeonato Argentino, quando não joga na Bombonera, torcidas dez vezes mais aguerridas que a do corinthans, então o fator cancha não será sentido pelos Xeneizes.
    Na bola, o time do boca tem mais recursos, e o corinthas ao contrário de quarta passada terá que ter o início da partida, o que facilitará o contra ataque.
    O Jogo será dois a zero pro boca com dois gols de Santiago Silva….. Siiiiiiilllllllvvvaaa!!!!

    Na pior hipótese caso o corinthans venca o jogo e leve a taça, nunca mais a libertadores será a mesma, pois toda a mística do torneio irá por aguá abaixo, será uma banalização…
    Pois basta o flamengo e o vasco já terem vencido este emblemático torneio…
    Um clube como o corintia, não combina com libertadores, pois quem acompanha este torneio sabe que ele é feito de mistica, de huevo…. E um clube que tem como ídolos jogadores como Marcelinho Carioca, Dinei(aua!!), Vampeta, e tantos outros deste Naipe, caso vença será uma mancha na história da libertadores…
    O corinthans, este time da cultura do peteleco na orelha, quando o jogador deixa a bola cair no treino, do cabelinho descolorido, da chuteirinha colorida e da faceirice jamais pode um dia ser um Libertador da América.
    O Corinthas pra começar mesmo sendo um time paulista só deveria jogar a copinha e o campeonato carioca(que é um campeonato de frouxo), e seu rival nunca deveria ser o Palmeiras, mas quem sabe um Botafogo ou até mesmo um fluminense… Boca o mundo depende de você, já basta Neymar ter ganho, ainda mais contra o Penarol a América… Vamos Boca a velha guarda dos Libertadores te clama… Agante Boca carajo!!!

  • Quero ver a maloca chorar quarta,se o Cvitanich não fizer merda igual em La Bombonera,dá Boca 2×0.
    Libertadores é coisa de time grande,time estruturado,que tem história,não de timinho que ficou 23 anos sem titulos,e quando ganhou ainda teve que subornar o atacante adversário.
    Tenho até medo do Corinthians ganhar,SP vai cair…Imagina a comemoração de uma torcida que se auto denomina “maloqueira”…

  • Caio Brandão

    Credo, gente. Que vença o melhor, haha! Se der Corinthians, a injustiça será ser por obra desse elenco e não do de 2000, esse sim um senhor time.

    De fato, com ele perdendo ou ganhando, acho que as reações pós-jogo serão preocupantes para quem torceu contra x)

    Obrigado pelo acesso e prestígio de sempre!

  • CONCORDO EM GÊNERO, NÚMERO E GRAU COM O NAVARRO MONTOYA!!

    SE ACONTECER DELES GANHAREM, A LIBERTADORES PERDERÁ COMPLETAMENTE A GRAÇA!

    ALÉM DO MAIS, VAI SER DIFÍCIL SUPORTAR ESSA RAÇA, FORA A MÍDIA QUE TODA HORA PUXA SACO PRA ELES!

    POR ISSO, ACREDITO NO BOCA ATÉ O FIM!!!!!

    AGUANTE BOCA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Willian Alves de Almeida

    Concordo com Navarro Montoya, exceto que arrisco nos gols sendo de Silva e Román.

    Não sabia que Bambino Veira jogou no Corinthians, vale pelo registro!

  • Júlio Cézar

    Boca vai levar essa, o comentário do Navarro foi perfeito!!!

    Libertadores é para times de homens como o Boca Jrs, o River Plate, o Palmeiras, o SPFC e o Internacional!

  • Navarro Montoya

    Sei que o MAURO CEZAR PEREIRA, ESTÁ SEMPRE AQUI LENDO AS MATÉRIAS DO SITE, E GOSTARIA DE SABER POR PARTE DELE SE FOSSE POSSÍVEL, SE NÓS CONSERVADORES E TRADICIONALISTAS QUE AMAMOS ESTÁ COPA ESTAMOS CERTOS OU NÃO? É BOM DEIXAR CLARO QUE NÃO TENHO NADA CONTRA O TIMÃO, SÓ ACHO QUE CADA COISA NO SEU LUGAR, O CORINTHAS É UM GRANDE CLUBE, MAS SUA CULTURA E TRADIÇÕES NÃO COMBINAM COM ESTE TORNEIO…..

  • Caio Brandão

    Caaaalma, pessoal x)

    Deixem o lado torcedor menos exaltado… falem um pouco do texto em si também, haha. Faltou algo nele? Algum erro?

    Obrigado a todos pelo acesso!

  • Navarro Montoya

    Realmente Caio, sei que o trabalho aqui neste site é isento e sério, e tem um cunho jornalistico, admirador, falei mais do que devia, desculpa. Só quis dar uma polemizada, pra esquentar os animos… e escolhi este espaço, justamente por ser uma grande matéria, e imaginar que não apenas os amantes do futebol do prata iriam ler, mas também os corintianos, que de boca em boca falariam uns pros outros desta matéria que mostra quantos atletas em comum vestiram as duas camisa…
    Por ser um fã dos seus especiais, mais uma vez desculpa…

  • Caio Brandão

    Haha, tranquilo. E obrigado pelas deferências! Abraço

  • Eu acho que esse Navarro Montoya tem inveja do Timão, não é possivel , só pra se ter uma idéia o Corinthians é um time com 30 milhoes de torcedores e que tem mais torcida que o boca. Então Navarro Montoya respeito ao Timão acima de tudo.

  • Caio Brandão

    É, o Silva já não é uma incógnita. Ficou apenas na catimba, e, talvez pior: nem nela conseguiu desequilibrar em quem batia. Até nas provocações os corintianos souberam se impôr.

    Bom, parabéns ao Corinthians! Repito, só lamento ter visto este time vencer e não o de 2000. Ou mesmo o de 2003. Boca é para parar Palmeiras… para o SCCP, tem que ser o River x))

  • Navarro Montoya

    Parabéns Corinthans pelo título. Futebol é assim, cornetei tanto os corintianos que agora vou ter que aguentar, meu telefone não para de tocar….
    Das minhas declarações que fiz aqui neste site, e em outros como o da Espn, foram todos no sentido de cornetar o a corintianada, (velha catimba argentina), porém alguns levaram muito a sério, me chamando até de racista. Fiquei chateado com isto, pois uma coisa não tem nada haver com a outra, e isto me chateou…
    Tudo isto faz parte do futebol, por exemplo chamam a torcida do São Paulo de bambi, do inter de macacada, do galo de caixorrada e assim por deante.
    O Próprio Vampeta no Bate-bola de hoje cornetou, dizendo que se lembrava do tanque e se o corinthans levasse gol dele seria o fim…. pois jogou com ele em 2002 e segundo o velho Vampi ele era muito Ruim…
    E isto não tem nada haver, pois tudo isto faz parte da cultura da bola…
    E o fato de mim cornetar o estilo brasileiro(corintiano, foi somente pra botar pilha… no mais é isto aí…
    Só pra acabar, continuo fã do Silva.
    COM BOCA EM LAS BUENAS E EM LAS MALAS MUITO MAIS!!!!

  • Pingback: Ramón Díaz e o desafio de virar ídolo em comum entre Corinthians e River Plate

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