Quilmes aplica goleada histórica sobre Rivadavia e é o novo líder da B Nacional
Em Quilmes, o conjunto local recebeu o Independiente Rivadávia e foi impiedoso. Fez 7×1 sobre a Lepra e deu mostras de que vai lutar para ficar com o título da B Nacional. A partida foi extremamente movimentada e aberta. Porém, enquanto o Cervecero mostrava um futebol prático e muito articulado, a Lepra tentava o ataque curiosamente na base do desespero. Deixava espaços, que eram bem preenchidos pelos comandados de Caruso Lombardi. No segundo tempo, então, foi que o Quilmes usou e abusou de mostrar ao rival como se deve jogar uma partida de futebol. Venceu por sete gols e poderia ter vencido por oito, nove ou dez. E se a goleada foi histórica, impressionou ainda mais a contundência com que ela foi aplicada na piada da B Nacional: O Independiente Rivadávia de Mendoza.
Antes da equipe de Mendoza concretizar o que poderia ser o seu domínio sobre o Quilmes, levou logo aos seis minutos o primeiro gol. Cauteruccio foi o nome do gol e um dos nomes da tortura cervecera sobre a Lepra. Nove minutos depois, Serrano ampliou o marcador, justamente no instante em que os visitantes sinalizavam que empatariam a qualquer momento. Longe de recuar para entender o que ocorria, a Lepra propunha um jogo ofensivo e corajoso. E vale considerar que faltou um pouco de sorte para os visitantes. Contudo, em meio ao domínio da Lepra, o Cervecero ficava atrás observando, calculado e pensando nas situações em que daria o bote vencedor. Como um cálculo matemático, a equipe chegou novamente só aos 34 minutos e com Miguel Caneo. Foi o suficiente para que o placar chegasse a 3×0. Daí até o fim do primeiro tempo o cotejo parecia disputado por um time burocrático contra um time de bêbados em campo e que não sabiam sequer onde estavam.
Na etapa complementar, a vida do Cervecero ficou mais fácil, pois tinha a vantagem de um homem a mais. Porém, por incrível que pareça, foi o Independiente quem propôs um jogo ofensivo. Atacava o rival com tal ímpeto que parecia um dos melhores da competição. Essa ilusão levou nova pancada aos 11 minutos com o quarto gol, convertido novamente por Caneo. 4×0.
Até então o Independiente tentava, mas não via a cor da bola. Com uma marcação forte no meio-de-campo e com saídas rápidas pelos flancos, o Cervecero até então tinha dominado totalmente o seu rival e merecia o resultado. Uma vitória que era o triunfo de quem apresentava um futebol prático contra um conjunto que curiosamente tentava praticar um futebol bonito e com a bola no chão. Tanto foi assim que em nenhum momento se viu os jogadores da Lepra partindo para a violência. Nisso foi até inocente, pois atuava diante de um time que já é um dos melhores da B Nacional. No lugar de uma atitude excessivamente positiva e gentil deveria ter copiado um pouco do futebol prático e eficiente de seu rival.
Foi então que começou a prevalecer o futebol desesperado da Lepra. Chegou perigosamente com Fabiani, que arrematou e o porteiro cervecero mandou para córner. De novo com o Ogro, o visitante chegou pouco depois e novamente obrigou o porteiro a boa intervenção. E não deu tempo para que a defesa do Quilmes entendesse o que acontecia. A Lepra não havia desistido de buscar o ataque e, após o quarto tento dos locais, praticamente obrigava o Quilmes a ficar preso em seu campo de defesa. Prova disso, foi que aos 20 Fabbiani descontou: 4×1 Quilems.
No lugar de tentar se precaver, a Lepra foi para cima do Quilems. Quase ampliou pouco depois por duas vezes. Porém, o futebol planejado do Quilmes continuava espreitando e esperando o momento certo de dar o bote e ampliar o marcador. Aos 37, fez com Romero o quinto gol; aos 41, o sexto com Caneo. Depois de perder mais duas oportunidades, marcou o sétimo com Maxi Oliva, que fez contra: 7×1. Um placar histórico de uma equipe que mostra suas garras justamente nos momentos decisivos da competição. Torna-se o líder provisório da B Nacional e mostra que tem futebol para levar o título da disputadíssima competição. Na próxima rodada, o Cervecero encara o River, fora de casa, enquanto o Rivadávia recebe o Deportivo Merlo, em Mendoza.
Formações
Quilmes: Emanuel Trípodi; Jorge Serrano, Sebastián Martínez, Joel Carli, Ernesto Goñi; Leandro Díaz (German Mandarino), Pablo Garnier, Jacobo Mansilla (Sebastián Romero), Miguel Caneo; Martín Cauteruccio e Fernando Telechea (Lucas Rimoldi). Técnico: Ricardo Caruso Lombardi.
Independiente Rivadavia: César Taborda; Santiago Villafañe (Judelín Aveska), Leonardo Sánchez, Pablo De Miranda, Maximiliano Oliva; Franco Quiroga, Marcos Brítez Ojeda, René Lima, Carlos Recalde (Alberto Gómez); Mauricio Ferradas (Diego Caballero) e Cristian Fabbiani. Técnico: Gustavo Zapata.
Patronato 2×0 Gimnasia
Em Paraná, O Patronato recebeu o Gimnasia y Esgrima e venceu por 2×0 com dois gols anotados por Matías Quiroga ainda no primeiro tempo. Com isso, o Patrón frea o ímpeto vencedor do Lobo platense. Além disso, o conjunto de Paraná consegue somar três pontos importantíssimos na sua luta para transformar em vitórias o bom futebol que pratica e, se possível, chegar na parte de cima da tabela. Já o Lobo perde após seis jogos invictos, doas quais havia vencido quatro.
Depois de bater no Rosário Central na rodada anterior, por 1×0, em La Plata, o Gimnasia perdeu para o Patrón por 2×0 em partida em que se futebol parece não ter ido à cancha do Patrón. Prova disso é que bastou apenas 45 minutos para o conjunto local vencer a partida. Certo é que no segundo gol dos locais havia um claro impedimento não assinalado pelo árbitro Mariano González. Mas vale considerar que antes de anotar o primeiro gol, aos 40 minutos da primeira etapa, o Patronato já havia criado várias oportunidades de gol. Mandou no duelo como se deve fazer uma equipe que atua como local. Surpreendeu o Lobo e a todos com o resultado, mas não pelo futebol que aplicou dentro de campo. Um futebol ordenado, inteligente e extremamente ofensivo.
Na segunda etapa, tampouco o Lobo conseguiu se impor. Foi novamente dominado e mereceu perder de goleada em Paraná. Não perdeu porque um dos problemas do Patronato é justamente o de não converter em gols as diversas oportunidades que sempre cria pelo seu bom meio-de-campo. Fosse diferente e a equipe dirigida Marcelo Fuentes estaria disputando a parte de cima da tabela. Na próxima rodada o Patronato será visitante na cnacha do Atlanta, enquanto o Gimnasia será local diante do péssimo Chacarita Juniors.
Formações
Patronato: Sebastián Bértoli; Gabriel Graciani, Walter Andrade, Ignacio Boggino, Lucas Márquez; Leonardo Acosta (Claudio Cabrera), Marcelo Guzmán (Marcos Minetti), Daniel Pereira, Gabriel Bustos, Emanuel Urresti (Jorge Torres); e Matías Quiroga. Técnico: Marcelo Fuentes.
Gimnasia La Plata: Fernando Monetti; Milton Casco, Lisandro Magallón, Marcelo Goux, Nicolás Benavídez (Matías García); Nicolás Cabrera, Omar Pouso (Emiliano Méndez), Pablo De Blasis, Gonzalo Choy González (Leonel Altobelli); José Vizcarra e Franco Mendoza. Técnico: Pedro Troglio.