Boca Juniors: Uma história vencedora na Copa Libertadores de América – Parte 2
O bicampeonato invicto em 1978
Após faturar a Copa Libertadores de 1977, o Boca Juniors manteve o grupo e conseguiu repetir a dose em 1978. Vindo de uma conquista importantíssima para o clube, o primeiro título Intercontinental, conquistado em cima do Borussia Mönchengladbach da Alemanha, substituto do inglês Liverpool, que não encontrou uma data livre para disputar a Copa Intercontinental, o Boca mostrou um futebol sólido na defesa e eficiente no ataque. (A competição ocorreu em 1978 no meio do ano)
Por ser campeão da Copa Libertadores anterior, o Boca Juniors entrou na fase semifinal e logo de cara mandou para casa o River Plate e o Atlético Mineiro. A primeira partida na Copa, o Boca empatou com o seu máximo rival, o River Plate em casa sem gols, porém, em sua ida ao Brasil, a equipe Xeneize, mostrou sua força e com o lateral esquerdo Miguel Angel Bordon, deixou dois golaços de falta no Mineirão.
As partidas seguintes seriam os jogos de volta e assim a equipe que somasse mais pontos, avançaria na competição. Sem tomar muito conhecimento dos dois adversários de grupo, o Boca despachou o Atlético Mineiro em casa com uma goleada de 3 a 1, com gols de Mastrángelo e Salinas, além de um gol contra de Modesto.
A partida de volta contra o River, foi no dia 17 de outubro dentro do Monumental, com muitos torcedores Xeneizes presentes, e um Boca Juniors determinado a chegar à final do torneio. A partida teve todos os ingredientes que um “Superclasico” poderia ter. Pelo lado do River foram duas expulsões (Saporiti e Merlo), e pelo lado do Boca foram dois gols, com Mastrángelo e Salinas. Ambos os jogadores foram importantíssimos fazendo gols em quase todos os jogos disputados pela equipe Xeneize, que agora enfrentaria o Deportivo Cali, da Colômbia no final do ano de 1978 pelo bicampeonato.
Na decisão a equipe de La Ribera, empatou na Colômbia e atropelou em casa, goleando por quatro a zero, sem piedade com dois gols de Perotti, um de Mastrángelo e outro de Salinas, dando assim à equipe do treinador Juan Carlos Lorenzo, a segunda Copa Libertadores.
httpv://www.youtube.com/watch?v=PqXJT84qgFo
O vice-campeonato de 1979
A participação do Boca Juniors na Copa Libertadores de 1979 ficou muito aquém do que se esperava e a equipe Xeneize saiu apenas com o vice. Após entrar na fase semifinal por ter sido o último vencedor, o Boca teve pela frente duas pedreiras e sofreu muito para conseguir a classificação, tendo que jogar uma partida de desempate contra o Independiente, com quem igualou em pontos no triangular decisivo para uma vaga na final.
No primeiro jogo da decisão, a equipe paraguaia do Olimpia, não tomou conhecimento do último campeão e venceu por dois gols. A partida de volta o Boca entrou buscando o resultado, mas encontrou uma equipe bem parada que soube segurar o empate dentro da Bombonera. Era o prenuncio de uma década nada boa para o Boca Juniors.
As terríveis décadas de 1980 e 1990
Com a vinda de Diego Maradona para o Boca, e uma equipe recheada de nomes como Brindisi, Escudero, Krasouski, Rigante, Trobbiani e Morete, tendo Silvio Marzolini como treinador, se esperava mais e mais títulos. Porém o Pibe De Oro nem esquentou direito na equipe e se foi para a Europa, sempre ela.
As participações nas Copas Libertadores de 1982 e 1986 foram sofríveis, e o Boca não passou da primeira fase. Em 1989 Uma eliminação logo na segunda fase deixou a equipe Xeneize mais uma vez sem saber o que era ter uma equipe competitiva.
Em 1991, o Boca iria até as semifinais, deixando para trás na primeira fase o River, a quem venceu em casa e no Monumental, empatando e perdendo com o Bolívar e empatando e perdendo com o Oriente Petrolero. Nesta partida a equipe Xeneize foi acusada de fazer corpo mole para evitar a classificação do rival. Inclusive, teve um lance curioso em que um jogador Xeneize, o Pico, chutou para o gol boliviano e a torcida ficou vaiando. O fato é que o Boca se classificou em segundo e o River ficou fora da Copa, indo a equipe Boliviana para a fase seguinte.
O Boca deixou nas oitavas o Corinthians e o Flamengo nas quartas, com as marcas de Batistuta e Latorre. Porém, a equipe Xeneize caiu para o Colo Colo do Chile em jogos repletos de polêmica e muitas confusões. Após vencer por um a zero em casa, a equipe Xeneize não soube evitar a provocação e a pressão chilena que se estendeu extracampo (brigas inclusive com a polícia chilena, que atiçava os cães contra os jogadores, como no caso de Navarro Montoya), e perdeu por três a um, dando mais uma vez adeus à chance de título.
httpv://www.youtube.com/watch?v=Wj5GATRBgNc&feature=related
Fiascos históricos e um longo hiato
Em 1994 a equipe fez uma campanha digna de ficar em casa vendo os jogos pela televisão (com direito a goleada histórica para o Palmeiras). Além disso, também viu o seu futuro treinador brilhando pela equipe do Vélez, em uma final truncada com o São Paulo. O Boca Juniors só retornaria a Copa Libertadores, seis longos anos depois.
Colaborou: Martín Russo
BOCA RUMO AO TÍTULO DA LIBERTADORES 2012!!!!!!!!!!!