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Dirigentes de Vélez e San Lorenzo lamentam confusão em Liniers

Durante a semana passada, os presidente de Vélez Sarsfield e San Lorenzo fizeram um apelo aos seus torcedores para que evitasse a violência. O mesmo sucedeu-se com os jogadores de ambos os clubes antes do duelo começar. Mas, não deu certo. Com menos de sete minutos, a torcida do Vélez arremessou vários objetos ante o goleiro Pablo Migliore. Em resposta, a torcida do Ciclon começou a quebrar os alambrados. A violência no futebol argentino voltou a dar as suas caras e os presidentes, que pregavam a paz, tentam contornar tal situação.

Fernando Raffaini, presidente do Velez Sarsfield, confessou as emissoras argentinas de televisão que a situação antes do duelo não era das melhores. “Havia um ruim antes jogo. O que aconteceu depois me deixou impotente. Todos nós somos dirigentes que tentam mudar alguma coisa na sociedade. Isto claramente mostra que há um grave problema social na Argentina. A intenção da última sexta foi boa, mas, estou preocupado com a impotência. Não pode terminar um jogo desta maneira. Isso me envergonha”.

O cartola ainda confirmou que, pelo menos para a próxima partida, não haverá venda para torcidas visitantes. “Não sei o que aconteceu. Mas, creio que para os próximos jogos em casa seja necessário evitar visitantes, até para arrumar os setores danificados. Não podemos achar culpados, pois seria imprudente. Mas, cada um tem as suas responsabilidades”, destacou Raffaini.

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Já o presidente do San Lorenzo, Carlos Abdo, questionou a policia argentina pelos incidentes que ocorreram antes e durante a partida e pediu para que os torcedores que presenciaram a brutalidade vão a uma delegacia prestar queixas. “Evidentemente algo falhou, não sei o que. Eu peço a torcida que foram testemunhas que vão a delegacia prestar o seu depoimento. Isso parece coisa de criança. O pior é que não podemos confirmar qualquer versão. O único que posso dizer é pedir aos torcedores que querem confusão para não ir ao estádio. Fizemos tudo possível, conversamos com as torcidas, mas no estádio, cada torcida tinha uma bandeira de outra, exibindo seu prêmio. E isso não pode acontecer”, destacou.

A respeito da morte do torcedor, Abdo lamentou não ter uma resposta concreta. “Não sabemos as causas da morte do torcedor, pois há três versões, uma de uma paulada de um policial, outro por um ataque cardíaco e outra por uma pedrada. De qualquer forma, são todas lamentáveis. Evidentemente, algo falhou, pois pareceu que houve uma emboscada da torcida do Vélez. Sei que há pessoas presas da torcida deles”, confessou.

Thiago Henrique de Morais

Fundador do site Futebol Portenho em 2009, se formou em jornalismo em 2007, mas trabalha na área desde 2004. Cobriu pelo Futebol Portenho as Eliminatórias 2010 e 2014, a Copa América 2011 e foi o responsável pela cobertura da Copa do Mundo de 2014

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