Modernização da Copa Roca afasta os craques
Como já tratamos nos últimos dias, a rivalidade entre Argentina e Brasil deve-se principalmente pela Copa Roca. Se não fosse pelo torneio criado em 1914, pelo então presidente argentino Julio Roca Paz, tal embate não teria o mesmo nos dias de hoje. Mas, a partir deste ano, tal duelo não terá o mesmo charme das edições anos anteriores devido a debandada de argentinos e brasileiros para o exterior.
Isso porque em 2011, quando o torneio será reativado – possivelmente com um novo nome – terá apenas jogadores que atuam em seus respectivos países. Antigamente também era assim. Os jogadores estrangeiros não eram convocados. O problema é que nos dias de hoje, a maioria dos craques estão na Europa, e somente poucos bons jogadores estão na Argentina ou Brasil. Poucos mesmo, que dificilmente serão liberadores – já que o clube não é obrigado a liberar o jogador.
Claro, a rivalidade entre Argentina e Brasil não acabará ou será menos áspera. Até porque por aqui, se algum jogador amarelar num clássico como esse, não será perdoado pelos torcedores de seu clube, principalmente em uma derrota em solo pátrio. Mas, não terá o mesmo charme, ou melhor dizendo, não terá a mesma categoria. E obvio que existe jogadores habilidosos em ambos os países (Enzo Pérez e Paulo Henrique Ganso são alguns exemplos), mas não é a mesma coisa.
A expectativa dos torcedores e organizadores é que as partidas sejam ao menos disputadas já que não terá o mesmo nível técnico dos primeiros torneios. Para os torcedores de Cruzeiro e Fluminense, a esperança é que haja um consenso entre as federações para que Walter Montillo e Dario Conca, uma das únicas oportunidades reais para tais jogadores na Seleção Argentina e para vários que atuam por lá.