Argentinos campeão, Bicho!
Por alguns instantes, no começo e no final do jogo, os torcedores do Argentinos Juniors entraram em estado de apreensão, com medo de que a espera se prolongasse. Contudo, tão rápido quanto foi este Clausura 2010, foi também a eficiência do time de Claudio Borghi, campeão como jogador no Nacional 85 (campeonato disputado no esquema de chave suiça) e agora como treinador. Graças ao triunfo por 2 x 1 sobre o Huracan no Tomas Ducó, o Bicho saiu da fila, e percorre a volta olímpica pela 3ª vez na Argentina. (84, 85 e 2010)
Um prêmio digno a uma equipe constante e eficiente. Por conta de problemas com a chuva (duas partidas suspensas), não puderam liderar a competição de forma dominante. Contudo, desde a derrota para o Godoy Cruz por 1 x 0, não se permitiram perder de mais ninguém. E que forma irônica de começar uma sequência invicta. Justamente diante do vice-campeão Estudiantes, e com gol de um ídolo do lado adversário: José Luis Calderon.
Contra quem possa dizer que não foi merecido, o melhor ataque (35 gols) conquistando uma somatória de pontos fenomenal, igualando a do campeão passado, o Banfield: 73 pontos. Certamente um contraste imenso com a lanterna amargada no Clausura passado. Só que na época, o clube ainda ressentia a saída de Gorosito para o River. Só quando chegou o comandante certo que o time se encontrou.
Em 85 era atacante promissor da equipe que surpreendeu a Argentina e a América. Em 2009, voltou para liderar a equipe que já havia incomodado Banfield e Newell’s no Apertura. E mesmo com a baixa importante de Hauche, Sosa (2009) e Calderon (2010) chegaram, deixaram o ataque ainda mais forte, de modo que a equipe chega a glória que o Bichi Borghi já conhecia tão bem. Deve sair, como promessa no caso de triunfar, mas sai com sensação de dever cumprido.
O jogo final
Desde o início o Argentinos se impôs para justificar o favoritismo e honrar a vantagem na tabela. Com a velocidade característica, embora com Oberman e Prosperi invertidos nas laterais, ameaçou o Huracán de várias formas. Mas como Monzón insistia em resistir, os visitantes tiveram de suportar 11 minutos de angustia por ver o troféu escapando entre os dedos. Apreensão que se arrebentou com a alegria após o gol de Mercier, pré-selecionado para ir a Copa 2010: 1 x 0, aos 22 minutos.
A partida estava sob controle, e quase se liquidou, não fosse a má pontaria de Facundo Coria após driblar dois zagueiros, aos 31. Não significou que o Huracán estivesse de alguma forma desinteressado da partida. Quando podia, lançava para a área na esperança de boas cabeçadas. Quando tinha espaço, contragolpeava com a mesma voracidados dos adversários candidatos ao título. E depois da volta dos vestiários, ainda dispuseram de maior volume de jogo. Porém, tudo em vão, diante de uma defesa bem postada e de um seguro goleiro Ojeda, apesar da pouca idade.
Eis que Pablo Goltz recebe o segundo cartão amarelo e é expulso, aos 21 minutos. Alí, o Argentinos sentiu que já era seguro adiantar a marcação e atacar um clube desmantelado e exausto. E lembram da chance de liquidar a fatura desperdiçada por Coria? Pois ele se redimiu, aproveitando rebote da cabeçada de Sosa na trave: 2 x 0, aos 32. Sanchez ainda pôs uma pitada de drama no final, aproveitando o erro da zaga dos Bichos: 2 x 1 aos 43. Só que já era tarde. Com gols dos principais jogadores na temporada, o Argentinos conseguia o terceiro título de sua história.
Parabéns Argentinos, campeão digno e merecido!
SERÁ QUE MARADONA ESTAR FELIZ… O CLUBE DO QUAL REVELOU FOI CAMPEÃO…. EU ACHO QU DEVERIA EXISTIR UM ÚNICO CAMPEAO PR ANO NUMA DECISÃO NTRE O VENCEDOR DO CLAUSURA E APERTURA SERIA MAIS EMOCIONANTE VOCÊS NÃO ACHAM ?