Clássico termina empatado e Banfield agradece
O clássico de Rosario teve de tudo. De bom futebol com direito a gols das duas equipes, como também a fúria das torcidas organizadas que foram capazes de jogar vários objetos de dentro do gramado, sendo um deles uma faca na direção de Sebástian Peralta, goleiro do Newell’s. Uma cena lamentável, mas ofuscada pelo show de ambas as equipes dentro de campo num 2 a 2 mais do que emocionante.
A ameaça do árbitro Diego Abal em cancelar a partida se a torcida Canalla voltasse a jogar objetos no gramado, foi crucial para parte dos jogadores do Rosario pedirem a torcida para parar com a baderna. Depois de dez minutos, a bola, enfim, rolou no gramado do Colosso del Parque.
E quando ela rolou, tanto Rosario quanto Newell’s chegaram com perigo à meta dos arqueiros Peralta (Newell’s) e Brown (Central). A primeira chance foi com Formica, que arriscou da entrada da pequena área, aos sete minutos e Brown salvou com os pés.
A resposta do Central foi à altura, cinco minutos depois. Após uma boa jogada pela direita, Mendez cruzou perfeitamente na cabeça de Núñez, que mesmo com o grandalhão Schiavi em sua cola, concluiu a gol. Em meio a um Colosso calado, o Newell’s aproveitou o vacilo na saída de bola e marcou o segundo, aos 12 minutos. Mendez fez outra boa jogada, tocou para Chitzoff arrematar de fora da área. Peralta ainda tocou na bola antes de entrar. 2 a 0.
Por um instante, se imaginou que o Newell’s poderia tomar uma goleada. E isso poderia até acontecer se não fosse pela resposta rápida. Achucarro conseguiu ganhar do defensor na linha de fundo e fez preciso cruzamento para o artilheiro Boghossian marcar de cabeça. 2 a 1. Mesmo com o gol, o Central continuou pressionando e deixando os torcedores do Newell’s preocupados.
Mas, uma cobrança de falta, aos 28 minutos deu uma sobrevida aos donos da casa. Boghossian cobrou falta e Achucarro, após ninguém conseguir cabecear, deu um suave toque de calcanhar. O suficiente para o gol de empate. Com o gol, os donos da casa voltaram a pressionar e só não ampliaram graças a boas defesas de Brown.
O ritmo frenético da primeira etapa caiu gradativamente no segundo tempo. Precavidos e com um bom resultado na casa do adversário, o Central preferiu por jogar nos contra-ataques. Já o Newell’s não conseguia superar a retranca do rival. Sem o gol, quem agradeceu foi o Banfield, que assumiu a liderança do Campeonato de forma isolada a quatro partidas do fim.