Por Renato ‘Zanata’ Arnos
O também místico e fantástico time da Catalunha demonstrou a humildade e inteligência dos grandes times que marcaram o futebol mundial, por ter respeitado a história não menos fantástica e mística do seu adversário.
Mesmo com a derrota na prorrogação foi demonstrado ao mundo de uma vez por todas neste mundial de clubes da FIFA, edição 2009, que em momentos decisivos, o passado mítico, místico, o pioneirismo tático de Zubeldia, o futebol de Bilardo,’Los Professores’, do velho bruxo Juan Ramón e outros tantos Leões, que sempre serviram ao futebol com a Arte de fazê-lo parecer mágico, a tradição pincharrata, nunca se apequena ou rende-se, qualquer que seja a adversidade ou o adversário. O oponente que duvide ou desconheça tais virtudes fatalmente terminará o dia de braços dados com a derrota.
Tenho uma admiração diferenciada e especial pelo Estudiantes de La Plata, pois este clube, apesar de ter fundamentado sua história em conquistas internacionais épicas, nunca perdeu a boa simplicidade provinciana, ”família” e cúmplice entre ídolos e torcedores do passado e do presente.
Esta característica peculiar do clube Pincha, me remete aos tempos de futebol amador de bairro e o desejo de seguir os bons “passos e passes” de um craque, referência e ídolo e ao mesmo tempo, meu pai.
Tenho orgulho deste time, que não se abate, luta e faz valer a pena cada suor, cada gota de sangue derramado ou toque na bola, seja este toque, belo ou apenas por entrega da alma através da chuteira! Jogadores que lá estão, ou por lá passaram, amando e honrando há 104 anos a glória de ser Estudiantes de La Plata!
Definitivamente, este clube não é dado a conquistas prosaicas!
Como jogaram estes Leões, naquele “Centenário” lotado de fanáticos torcedores do Nacional, num jogo em que apenas a torcida uruguaia tinha permissão para entrar no estádio. Semifinal da última Libertadores e em campo uma rivalidade construída nos 50 anos da competição.
Enfrentar e vencer o Nacional dentro do Centenário, num contexto desafiador como aquele e ainda desfalcado do capitão Juan Sebastian Verón, foi um claro e sonoro sinal de que o 4º título da Libertadores estava próximo.
Se algum dia publicarem um Guia de como um time de futebol precisa jogar para vencer as finais que vier a disputar, certamente, o Estudiantes de La Plata deverá ser lembrado para estampar e ilustrar este Guia. Seu perfil de time que nos faz ver beleza em sua disciplina tática, que ignora por completo as adversidades inerentes aos jogos decisivos fora de seus domínios e que consegue mesclar e dosar, elegância no trato à bola, entrega coletiva, confiança, humildade e personalidade técnica, como tivemos o privilégio de presenciar, quando ‘La Brujita’ Verón, Braña, Andujar, Boselli, Sabella e todos os outros Leões de La Plata conquistaram o “topo da América” este ano, em pleno estádio do Mineirão, diante da tradicional equipe brasileira do Cruzeiro de Belo Horizonte.
Isso mesmo! Justo no aniversário de 50 anos da Copa Libertadores da América, esta importante e cobiçadíssima competição continental, o Estudiantes foi pela quarta vez o “Dono da América”.
Situações que para muitos clubes parecem dificuldades à vista, para o Estudiantes são desafios que “acordam Bruxas e Leões” para o enfrentamento onde quer que este ocorra, contra quem quer que seja, demolindo finais profetizadas, pelo mérito de pelear de forma incansável e honrada pela glória!
Renato ‘Zanata’ Arnos, é músico de Blues, professor de História e idealizador do blog, “Bruxas & Leões de La Plata”. Torcedor Pincharrata desde o retorno da Europa do maestro, capitão e Bruxo, Juan Sebastián Verón, que de imediato despertou a mística do seu clube para a retomada de conquistas épicas, como a vitória Pincha sobre o grandioso Boca Juniors, no Estadio José Amalfitani ‘El Fortín’ do Velez Sarfield , na conquista do Apertura 2006, levando para La Plata uma glória que muitos já davam como certa que ficaria pelas prateleiras do famoso museu, em “La Boca”.
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Tanta conversa e uma só realidade: timinho medroso e retranqueiro! Jogou contra o Barcelona para perder de pouco. Felizmente, para fazer justiça, os deuses do futebol lhe deram o que merecia: para acabar de uma vez por todas com essa história de mística em finais, levou uma virada épica e humilhante. Timinho medíocre!
Os sulamericanos só chegam perto mesmo jogando na retranca, até porque não dá para competir com tanta diferença nos elencos
Gostaria de aproveitar este tópico e relembrar a ficha técnica do histórico jogo pelo Apertura 2006, quando o Estudiantes conquistou o título com uma vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors
FICHA TÉCNICA
Boca Juniors 1 x 2 Estudiantes
Final do Torneo Apertura 2006 da Argentina
Data: 13 de dezembro de 2006
Local: Estadio José Amalfitani " El Fortín " de Velez Sarfield ( Buenos Aires, Argentina)
Árbitro: Sérgio Pezzotta
Boca Juniors: Bobadilla; Ibarra, Cahais (Franzoia), Díaz e Morel Rodríguez; Gago, Cardozo (Marino), Ledesma e Schelotto (Calvo); Palacio e Palermo.
T: Ricardo La Volpe
Igor e Rodrigo, valeu pelo interesse de voces em participar do post e aproveito para desejar aos dois, um ótimo Natal e um 2010 show de bola!!
Zanata
Estudiantes: Andújar; Angeleri, Alayes, Ortíz e Alvarez; Braña, Verón Sosa (Saucedo) e Galván (Benítez); Maggiolo e Pavone.
T: Diego Simeone
Gols: Palermo (4/1º), Sosa (19/2º) e Pavone (35/2º)
Cartões amarelos: Gago, Cardozo, Marino, Schelotto, Verón e Galván
Cartões vermelhos: Ledesma e Alvarez