Gerardo Martino completa hoje, 03 de setembro, um ano à frente do comando técnico da Seleção Argentina. Desde o animador início em Dusseldorf, onde equipe de Tata venceu a Alemanha por 4×2 numa tentativa de tentar amenizar o recente vice campeonato Mundial no Brasil, a Argentina acumulou em 14 jogos: 9 vitórias, 2 derrotas e 3 empates, além do vice-campeonato da Copa América 2015.
O projeto de Martino na Seleção não se limita à equipe principal. As reuniões com os treinadores da base e o comando da equipe olímpica fazem parte do projeto integral que o treinador recebeu. Adepto do 4-3-3 e idéias em campo claras quanto à posse de bola e linhas avançadas, Tata ainda divide opiniões na Argentina sobre seu perfil e idéias de jogo. A derrota para o Chile do enérgico, inovador e compatriota Jorge Sampaoli afloraram muito mais as dúvidas sobre os méritos do cargo para estar na Seleção Argentina.
O estilo gentil e atencioso é marca registrada do técnico nas coletivas de imprensa, com quem Tata costuma ser franco e aberto em relação à exposição de suas idéias. Com ele, Messi saiu do centro do campo para a ponta direita e nomes muito clamados como Tévez e Pastore retornaram à Albiceleste, que gira em torno de Mascherano para sair jogando de pé em pé. Apesar do elenco recheado de qualidade, a equipe custou no início assimilar as idéias do novo treinador, que tem filosofia distinta em vários quesitos comparada à do antigo, Alejandro Sabella. Na Copa América, a Argentina oscilou, chegou à final e esbarrou no conservadorismo de algumas substituições e posições de alguns jogadores. Martino também confessou a dificuldade da equipe quando precisava se recompor sem a bola no Chile. O jejum amarga o torcedor argentino. Martino sabe, é preciso mais.
Segundo o treinador, não é fácil realizar mudanças na equipe quando não se enxergam méritos para sair, o que denuncia que algumas alterações quanto a nomes na Seleção acontecerão, mas de maneira gradual. A aposta segue. Os amistosos preparatórios para as Eliminatórias 2018 já denunciam um olhar de Martino para o futuro, com alguns novos nomes como Kranevitter e Ángel Correa, já pensando nas Olimpíadas 2016 e claro, no Mundial da Rússia. Mesmo contando com Mascherano, Di María, Messi, Aguero e compania, o fato é que Martino conviverá constantemente com uma enorme pressão por uma vaga e sobretudo um título no próximo Mundial.
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